Do gênio, das âncoras e afins

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Nossa Diretora de Criação entrará de férias daqui quatro dias, e a chicosa irá nada mais, nada menos que para a África do Sul e Moçambique pra trazer de lá, com certeza, boas ideias e bons exemplos sobre essa coisa imprevisível que chamamos de vida. E enquanto a hora do embarque não chega, ela está aqui escrevendo sobre algumas verdades que abraçam todos nós...

Do gênio, das âncoras e afins

Se por um acaso eu encontrasse, do nada, no meio da rua, uma lâmpada mágica. E se, também por um acaso, dentro dessa lâmpada tivesse um gênio. E se, por mais acaso ainda, esse gênio fosse tabajara e me permitisse apenas um único desejo, o que eu pediria? Zero ansiedade. Simples assim.

Isso mesmo. Nada de dinheiro, felicidade, sucesso, fama. Nada de viagens malucas, oportunidades únicas ou coisa que o valha. Eu simplesmente pediria: “Solta ansiedade zero, seu gênio, que é o que precisamos pra hoje e sempre!”

Só quem sofre desse mal entende o meu pedido. Ansiedade é sofrimento antecipado e na maior parte das vezes infundado. É uma tentativa tresloucada de decifrar um futuro que muitas vezes não chegará sequer a existir. É um querer ser dono de algo que muitas vezes não lhe pertence – o acaso, por exemplo.

Mas não é só isso. Ansiedade sozinha não faz tempestade. E, sabedora disso, ela traz consigo stress, impaciência e tantas outras coleguinhas desagradáveis que é impossível nominar.

O pior é que, por tentar antecipar-se a algo que sequer existe, o ansioso é um ser sem tempo. Ou melhor, sem raízes no tempo. De tanto pensar no futuro e, muitas vezes, sofrer pelo passado, acaba completamente desgarrado do presente.

Exatamente o que acontece comigo nesse momento. Como ansiosa inveterada que sou, muitas vezes me pego lançando âncoras pelo caminho, na tentativa de prender-me ao cais do presente e poder aproveitar, de verdade, aquilo que entendemos por hoje.

E, enquanto seu gênio não vem, faço malas, corro atrás de passaportes e vistos, me ocupo dos últimos preparativos e, em meio a isso tudo, sigo praticando meu esporte favorito: âncoras ao alvo! Quem sabe um dia eu não consigo?

Por Renata Cabral

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