Google aponta momentos ideais para conversão do consumidor mobile
Se a internet facilitou a vida dos consumidores, a conexão móvel deu a eles superpoderes. O acesso a mais informações está alterando a jornada de compra dos brasileiros e impactando a realidade das marcas. As mudanças são significativas e acontecem na rapidez de um clique, como mostra um levantamento realizado pelo Google no Brasil, que analisou o comportamento dos internautas nos dispositivos móveis. Em 2010, o número de brasileiros com acesso à internet era de 82 milhões, e apenas 10 milhões possuíam smartphones. Em cinco anos, esses números tiveram um salto expressivo, pulando para 117 milhões de conectados e 93 milhões que possuem celulares inteligentes. Com a informação na mão, o brasileiro está mais imediatista e ainda mais exigente por conta da expectativa elevada.
A gigante de buscas percebeu que o acesso à internet está marcado por micromomentos, e são eles que ditam as necessidades dos consumidores. A busca por um lugar para tomar café, a receita para o jantar, a leitura sobre um tênis de corrida ou a pesquisa sobre o destino de férias são, segundo o levantamento, as ocasiões ideais para entregar um conteúdo com relevância, a fim de responder os anseios e gerar conversão. Essas buscas atendem a momentos classificados pelo Google como: “Quero Saber”, quando há o consumo de informação; o “Quero Decidir”, em que as pesquisas dão mais confiança para finalizar processos; e o “Quero Aprender”, em que o internauta procura dados para facilitar a realização de atividades cotidianas.
Todos esses momentos estão ficando cada vez mais frequentes. O tempo que as pessoas passam conectadas à web pelos aparelhos móveis aumentou 112% no último ano. Esse contato possibilita maior liberdade de acesso a entretenimento, buscas e até mesmo altera a jornada de compra. “O Brasil precisa ser mais eficiente. O país passa por um momento de ganho de transparência em relação aos negócios. Nada como poder trazer essa transparência sob a ótica da comunicação, do engajamento, da construção de marca e da geração de negócio. Há cinco anos, entrávamos na internet, hoje vivemos nela. Precisamos interpretar o consumidor por meio de ocasiões em que eles estão conectados e entender como as empresas e marcas podem ser relevantes no momento que os usuários querem”, afirmou Fábio Coelho, Presidente do Google Brasil, durante a apresentação da pesquisa em São Paulo.
Visitas mais rápidas
Cada vez mais conectadas, as pessoas estão móveis até mesmo quando estão em casa e utilizam os celulares para acessarem à internet enquanto fazem alguma outra atividade. Toda essa mobilidade está gerando uma sensação de urgência cada vez maior no usuário, fazendo com que as visitas aos sites sejam cada vez mais rápidas. Segundo o levantamento, esse tempo teve uma redução de 9% nos últimos três anos. “As pessoas querem ter uma experiência o mais rápida possível. Elas desejam entrar e entender quais são as alternativas. E, depois, seguem para novas buscas. O brasileiro não se contenta com uma abordagem ou um ponto de vista. Ele quer conhecer a perspectiva de outros canais”, explica Coelho.
A visita mais curta não quer dizer que ela seja menos eficiente. A taxa de conversão via mobile aumentou 74%, de acordo com a pesquisa. O dado mostra como os dispositivos móveis estão se consolidando como um canal de compra, o que era impensado há cerca de três anos, quando a internet pelo celular era vista apenas como possibilidade de consulta. Essa mudança só foi possível por conta da melhora das interfaces, dos sites móveis e do surgimento dos aplicativos, que facilitaram a relação de consumo, transformando esses dispositivos em plataformas de negócio.
Apesar de todo o potencial, essa funcionalidade não está clara para muitos empresários, que ainda não aproveitam as oportunidades proporcionadas por este novo ponto de contato com os consumidores. “Nosso trabalho é ajudar as empresas, marcas e agências de propaganda a entenderem o novo momento. A nova realidade de comunicação é, na verdade, uma nova realidade do mercado. Hoje, as pessoas pesquisam na internet dentro das lojas, decidindo qual produto comprar. Com a informação em mãos, o consumidor pode negociar um desconto ou, simplesmente, buscar outra loja”, acrescenta o Presidente do Google.
Oportunidade para pequenos negócios
Os dados levantados mostram que não são apenas as grandes marcas que devem ficar atentas aos consumidores conectados. Os pequenos e médios empreendedores podem movimentar suas empresas ao perceberem que o uso de smartphones confere ainda mais relevância aos negócios locais, uma vez que a pesquisa de produtos e serviços próximos ao consumidor aumentou 55%. O dado reforça a importância da presença das PMEs no ambiente digital, o que pode ser fundamental para a conversão. É fundamental estar no mesmo lugar do consumidor quando ele sinaliza que quer efetivamente comprar.
A pesquisa mostra ainda que o brasileiro é hiperconectado e que escolhe como e quando se engaja. A maneira deste público explorar o ambiente online é feito por diversas maneiras: por meio de buscadores de preço, redes sociais, site de notícias, de vídeos, entre outras. A curiosidade do público nacional impulsiona, principalmente, a audiência no YouTube. As buscas relacionadas a “como fazer” na ferramenta tiveram aumento de 72%. No primeiro semestre de 2015, mais de duas milhões de horas desse conteúdo foram assistidas no Brasil. Metade do conteúdo foi visto em smartphones ou tablets. O uso do celular é tão intenso que quase a totalidade (94%) dos entrevistados disse que utiliza o aparelho para ter ideias enquanto realiza uma tarefa.
E oito em cada 10 brasileiros usam o smartphone para obter informações sobre a compra de um produto ou serviço. E quase a mesma quantidade (79%) dizem que estão procurando mais informações online agora, comparado a alguns anos atrás. E não são só as vendas diretas que são impactadas pela ferramenta. A comunicação entre as marcas e os consumidores pelas mídias tradicionais também acabou mudando.
Dentre os usuários de smartphones, 65% os utilizam para aprender mais sobre algo que viram em um comercial de TV. “As pessoas pegam o estímulo da televisão, que continua sendo mídia de massa, e vão nas plataformas para entender, validar, aceitar, aprofundar ou refutar aquele estímulo. O que é visto na TV hoje em dia continua pautando muito da nossa vida em relação ao conhecimento, mas por outro lado as pessoas estão o tempo todo conectadas, sejam real time ou após um evento, para entender o que está acontecendo”, finaliza Fábio Coelho.
Fonte: Mundo do Marketing / Meio e Mensagem
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